Continua a lutar por um lugar à mesa ou já é parte integrante da equação do seu negócio e contribuiu efetivamente para a criação de valor dentro e fora da sua organização? Continua a olhar apenas para dentro ou procura inspiração no ecossistema que o rodeia? Está focado no negócio, nos clientes, nos stakeholders, ou mantém a sua atuação focada apenas nos colaboradores? Conhece as necessidades dos seus clientes? Sabe se eles estão satisfeitos com a performance dos seus colaboradores?
Se sim, poder-se-á dizer que faz parte de uma winning team e que está pronto a conseguir dar resposta aos desafios criados pelo atual contexto de incerteza, de imprevisibilidade e complexidade, fruto da transformação digital. Que as suas equipas desempenham um papel de consultores de negócio e apoiam as lideranças operacionais na tomada de decisão. Que os seus gestores de RH desempenham múltiplos papéis com o único propósito de acrescentar valor ao seu negócio.
Mas será que já estamos todos sentados à mesa?
Será que as equipas de RH da maioria das empresas nacionais têm as competências necessárias para desempenhar estas novas funções? Que estão focadas na inovação, no serviço e na colaboração? Que estão apostadas na criação de redes de expertise e entendem a mais-valia da diversidade?
Estarão preparadas para deixar de lado os modelos complexos de gestão de RH centrados nos processos, nos modelos de competências e KPI’s? Estarão prontas para abandonar o deployement da estratégia top-down e colocar efetivamente as pessoas no centro das organizações e dar-lhes (como defende Armin Trost) poder e autoridade para decidir e oportunidade para sentirem as consequências das suas decisões?
Se calhar ainda não… Mas ainda que não estejam prontas para implementar algumas das novas práticas de gestão de RH que os “ditadores” de tendências aconselham, uma coisa é certa: não deve haver uma só empresa em Portugal que, de uma forma mais ou menos clássica, não esteja a redesenhar a sua organização! Do recrutamento, à gestão da performance, do onbording aos sistemas de recompensa…
Repensar os modelos de liderança atuais, construir uma cultura de colaboração, onde a comunicação flui e existe um verdadeiro espírito de equipa, construir novos modelos de atração, gestão e retenção do talento, simplificar processos e repensar novas estratégias para o (Des)envolvimento dos seus colaboradores são alguns dos eixos que estão no top of the mind dos responsáveis de RH.