Meet the Makers

Meet the Makers

MEET THE MAKERS

Luís Silva, Head of People, Interaction & Brand, FABAMAQ

 “Vivemos num contexto imprevisível, mas as pessoas procuram sobretudo sentir-se consideradas e valorizadas. Devemos ser empáticos e investir tempo para ouvir as pessoas no verdadeiro sentido do verbo.”

 

A pandemia alterou a vossa perspetiva do negócio? Que tendências vieram para ficar e como impactam com a vossa forma de trabalhar e alteram a relação com os clientes?
A pandemia mudou alguns aspetos na indústria dos jogos de casino, mas não a perspetiva de negócio da Fabamaq, pois já desenvolvíamos jogos e software para os casinos físicos e online no período pré-pandemia.

Acreditamos que a forma de fazer negócio e criar ou gerir as relações com parceiros e clientes se modificaram um pouco. Por exemplo, era usual os nossos Gamers visitarem os casinos físicos dos mercados externos onde operamos e, neste momento, com as restrições de mobilidade, isso não tem acontecido. Houve, por isso, um processo de adaptação e aprendizagem, que incluiu algumas mudanças na forma como trabalhamos tecnicamente no desenvolvimento dos jogos e também na forma como nos relacionamos com os nossos clientes.

Porém estas adaptações não mudaram o cuidado e a proximidade que temos nas relações com os nossos clientes e parceiros ou o rigor que temos no desenvolvimento de jogos. Existiu apenas uma necessidade de aprender para criarmos condições que permitam continuar a desenvolver os produtos e chegar a novos clientes e parceiros, mantendo as boas relações que já tínhamos com os existentes.

Ao longo dos últimos meses o que foi mais valorizado pelos vossos colaboradores e o que falhou?
Não é fácil responder de uma forma clara a esta questão, pois temos perfis muito diferentes dentro da Fabamaq e cada Gamer valorizou e valoriza aspetos diferentes enquanto indivíduo. Contudo, acredito que todos os Gamers reconhecem e valorizam o lado humano e o esforço demonstrados pela empresa para responder a um contexto que ninguém esperava.

Falo, por exemplo, da manutenção de todos os salários e vantagens associadas ao longo deste período, falo de inquéritos frequentes de monitorização da motivação e do estado emocional dos colaboradores ou dos quatro programas de gestão de pessoas que foram criados para apoiar os nossos Gamers em quatro domínios. A saber: o acompanhamento psicológico, o apoio à educação dos filhos dos colaboradores, a partilha de informação legal e o desenvolvimento pessoal.

Como qualquer processo de desenvolvimento e aprendizagem houve erros pelo caminho. E este foi um mote: não havia script e tínhamos que provar que estávamos à altura do desafio e isso só se faz tentando, o que acarreta erros e tropeções pelo caminho. Houve iniciativas que lançámos e que resultaram melhor do que esperávamos e outras em que se verificou o cenário inverso. Pelo caminho houve vários ajustes na estratégia de comunicação, nas ferramentas utilizadas e nos programas desenvolvidos. Tudo isto no sentido de melhorarmos e conseguirmos apoiar as nossas pessoas da forma mais efetiva possível.

Quais as melhores ideias que implementaram para manter a comunicação e a ligação entre as equipas?
No âmbito da comunicação foi muito importante reforçar os vínculos com os colaboradores e, em especial, com os team-leaders. O papel dos People Partners foi muito importante aqui, realizando várias dinâmicas e reforçando as linhas de comunicação com as equipas sob a sua alçada no Skype. Estes dois factos permitiram atenuar a quebra de ligação física com as pessoas e manter o nível de proximidade esperado para o contexto.

Além disso, ajustamos a nossa estratégia de comunicação. Mantivemos os Gamers no centro da nossa comunicação e como embaixadores da marca, mas trabalhamos mais os eixos da nostalgia, do sentido de pertença à empresa e da proximidade.

No primeiro caso, destacando momentos de grande relevância e simbolismo para os nossos colaboradores como, por exemplo, os Team-Buildings. No eixo da pertença, adaptando as publicações de boas-vindas aos novos colaboradores e reforçando a ligação aos nossos Gamers com a rubrica “10 anos, 10 histórias”. No que toca à proximidade lançámos dicas, desafios, concursos e estímulos à comunidade interna em diferentes ocasiões, transportando o ADN e a cultura da empresa para uma vertente mais digital.

Ainda no tema da comunicação e ligação entre equipas é importante referir que, já no curso da pandemia, evoluímos o nosso processo de onboarding. Temos agora um processo mais completo, que facilita a perceção do core business e sobretudo a integração na empresa ao contemplar a interação dos novos Gamers com diferentes equipas da Fabamaq.

Como imagina um dia ideal de trabalho em 2021?
O dia de trabalho ideal em 2021 será aquele em que podemos extrair o melhor da convivência entre o trabalho remoto e a vivência do espaço de trabalho.

Esse dia começaria com uma ida ao médico perto de minha casa sem preocupações com horários, pois sei que posso ficar a manhã em trabalho remoto e jogar com a flexibilidade que ele me dá. Logo após o almoço continuaria com uma reunião em equipa sem restrições já na Fabamaq para programar o próximo evento da empresa e outra para refletir sobre as guidelines futuras de comunicação da marca.

No lanche seguir-se-ia uma pausa na copa do piso 0, conversando sobre assuntos triviais extra trabalho com Gamers de outras equipas. A encerrar o dia de trabalho frequentaria uma Knowledge Sharing realizada no escritório e transmitida online para apresentar o próximo grande passo de crescimento da Fabamaq no mercado global.

No final do dia de trabalho sairia para desfrutar de um intenso, competitivo e bem-disposto, jogo de voleibol entre Gamers ali bem perto do nossa casa na Boavista.

Dicas para gerar emoções positivas no “local” de trabalho?
As minhas dicas são quatro: empatia, coragem, autenticidade e verdade.

Vivemos num contexto imprevisível, mas as pessoas procuram sobretudo sentir-se consideradas e valorizadas. Devemos ser empáticos e investir tempo para ouvir as pessoas no verdadeiro sentido do verbo. A partir daí é importante termos coragem de transformar esse feedback em ações efetivas e que as possam ajudar a sentir maior conforto neste momento.

Tudo isto sem nunca desvirtuar verdade e estimulando a cultura genuína da empresa, pois apenas essa autenticidade será capaz de despertar uma ligação forte entre as pessoas e a organização.

 

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