Por: Irene Moreira
Na maioria das vezes, desde a infância que a validação de qualquer escolha tem muita força, precisamos desse reforço para decidir e para concretizar. Invariavelmente acabamos por confundir essa necessidade do outro, com a capacidade de tomarmos como nossas as ações que desenvolvemos. Em ambiente corporativo, este é um comportamento que favorece a “zona de conforto” individual e consequentemente um contributo que fica aquém do potencial de cada colaborador.
Invariavelmente acabamos por confundir essa necessidade do outro, com a capacidade de tomarmos como nossas as ações que desenvolvemos
A boa notícia é que podemos sempre desenvolver a autonomia e quebrar a barreira do medo de tomar decisões e assumir responsabilidades. Neste ponto os líderes são fundamentais, não apenas na criação de ambientes corporativos em que o erro faz parte do processo e delegar também é liderar, mas sobretudo como geradores de confiança. Empresas em que a confiança está incorporada no clima organizacional, são terreno fértil para fazer crescer colaboradores mais autónomos.
O erro faz parte do processo e delegar também é liderar
Em simultâneo há um trabalho de desenvolvimento pessoal a ser feito e para isso um bom primeiro passo é o autoconhecimento, esse diagnóstico cru que servirá de base à consciência daquilo que há a melhorar, a mudar, a desenvolver:
- Definir objetivos e identificar que recursos são precisos para os atingir, como aceder a esses recursos e saber utilizá-los
- Saber gerir o tempo e as prioridades
- A curiosidade e a vontade de aprender. Fazer perguntas, escutar, observar, tornar as circunstâncias, situações, lugares e pessoas oportunidades de aprendizagem
- Experimentar, não recear o erro, não sabotar o próprio “eu”
- Assumir as consequências que advêm da tomada de qualquer decisão
Tornar as circunstâncias, situações, lugares e pessoas oportunidades de aprendizagem
Estas são apenas algumas peças do processo de desenvolvimento da autonomia. Ainda em contexto corporativo, é fundamental a comunicação clara entre as equipas. Ninguém decide com confiança, quando os objetivos, o propósito, não estão claros. Como na vida, receamos avançar no meio do nevoeiro, precisamos de ver o caminho para o percorrer.
Business Case Abilways
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