Estamos perante uma sociedade em mudança constante e acelerada. Para se manterem competitivas as empresas têm que repensar, a forma como olham para o seu negócio, como gerem as suas pessoas e a forma como estas trabalham.
Qual o papel dos Recursos Humanos face a estas transformações? Como podem ajudar as empresas a navegar nestas águas agitadas?
A revolução tecnológica assente no digital e no mobile tem impacto em todas as esferas da nossa vida e obriga-nos a mudar. Também a imergência de uma força de trabalho multi-geracional onde as diferentes gerações desde os baby boomers até à geração Z, trabalham diariamente juntas apesar de terem formas diferentes de encarar o trabalho, a progressão na carreira, o seu desenvolvimento pessoal e profissional, vai implicar a implementação de drivers de envolvimento, motivação e reconhecimento diferentes.
A presença cada vez mais frequente de outras formas de relação laboral, seja por projeto e com recurso a freelancers, a utilização do trabalho à distância ou a expansão dos chamados nómadas digitais, pessoas que trabalham remotamente com recurso aos seus smartphones, à wireless internet, às aplicações cloud-based e utilizam espaços de coworking ou mesmo cafés, desafiam os departamentos de Recursos Humanos a procurar novas formas de fomentar a confiança e promover o compromisso nas organizações. Estudos internacionais revelam que em 2020 cerca de 50% dos colaboradores pertencerá a esta geração digital, aumentando para ¾ em 2025.
Estas novas formas de trabalhar vão também implicar uma redefinição dos espaços nas empresas e a existência de esquemas de trabalho mais flexíveis que permitam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional.
Face a este novo contexto, os Recursos Humanos assumem um papel fundamental de mobilização e engagement. Num mundo cada vez mais individualizado, é da responsabilidade dos Recursos Humanos conseguir um reforço da dimensão coletiva e ajudar na construção de uma visão partilhada em torno de uma raison d’etre, de uma cultura e um contrato social unificadores.
Estarão os departamentos de Recursos Humanos preparados para enfrentar estes novos desafios?
