por Cláudia Silveira, Diretora Academia de Formação CUF
As universidades corporativas surgem como resultado da maturidade das áreas de formação das empresas. Ao longo dos últimos anos, tem vindo a crescer a preponderante necessidade de ligar, de forma permanente e contínua, o negócio e a sua estratégia aos sistemas de desenvolvimento de competências e de diferenciação dos profissionais. A sustentabilidade das empresas, bem como o seu ADN e cultura, é reforçada pela gestão contínua do conhecimento e por sistemas de educação e formação perpetuados no tempo.
Assim, as universidades corporativas são alicerces na criação de circuitos de transferência de conhecimento individual para toda a rede organizacional. Têm a missão de preservar e selecionar o conhecimento adquirido, e ainda, de transmitir, utilizar, difundir e gerar maior conhecimento interno à organização possibilitando a diferenciação de competências com impacto direto no negócio.
Vivemos num ambiente “VICA” (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), condicionado por um amplo conjunto de variáveis tais como: a procura de atualização permanente e a recertificação contínua; organizações mais flexíveis onde a necessidade de assumir novas qualificações e papéis conduz a uma maior informalidade na hierarquia das mesmas; estruturas de conhecimento rapidamente obsoletas pelo avanço constante da tecnologia e da ciência; condicionantes de empregabilidade que conduzem a uma procura constante de melhorias na carteira de qualificações; e ainda a globalização da educação. Todas estas variáveis do mundo atual reforçam a importância crescente da educação corporativa.
As universidades corporativas vêm dar estrutura à gestão do conhecimento e robustecer o poder da formação e educação como factor diferenciador para a sustentabilidade das empresas. O compromisso das universidades corporativas consiste em criar, transferir, integrar, proteger e explorar conhecimento que permita a criação de valor para as empresas, para os seus colaboradores e consequentemente para a economia.