por Rosário Carmona, Human Resources Manager da GrandVision Portugal
A primeira questão que nos surge, quando temos que escrever sobre um tema em concreto, é saber por onde começar…
E partilhar um ponto de vista sobre “Como envolver as chefias nos processos de transferência de aprendizagem” é algo altamente desafiador porque a aprendizagem é permanente e acontece através de tudo o que nos rodeia. Desde uma simples atitude, uma resposta a uma situação mais desafiadora que temos que resolver, através do exemplo que damos em termos de postura e imagem, enfim, através da nossa forma de ser e de estar, no fundo, perante a vida!
Acredito muito que se uma chefia cumprir com o seu papel principal, que é ser um bom líder, o processo de aprendizagem, em especial, por parte da sua equipa, estará assegurado. A aprendizagem faz-se de uma forma natural, nas diferentes experiências e vivências do dia a dia, ou em momentos definidos com um contexto mais formal e/ou estruturado, com um tema, com determinados conteúdos, diferentes metodologias e, posteriormente, com uma monitorização das aquisições.
Para garantirmos um maior nível de aprendizagem, envolvimento e comprometimento, hoje mais do que nunca, temos que ser criativos e procurar metodologias e programas ‘out of the box’, muito numa lógica de experiência e vivência. Dessa forma, estimulamos os nossos colaboradores, fazemos com que falem do que viveram e partilhem com os seus núcleos mais próximos. Ao fazê-lo estamos a assegurar que o que viveram foi marcante e teve impacto.
A título de exemplo, posso partilhar uma experiência que vivemos na nossa organização, a Grandvision Portugal, no início deste ano, no nosso Encontro Anual com Responsáveis de Loja, Chefias Intermédias e Direção.
Queríamos algo diferente, como queremos todos os anos, e cada vez se torna mais difícil surpreender, mas acreditamos sempre que é possível fazer melhor e diferente.
Então, desafiámo-nos a fazer uma viagem ao nosso interior, cujo mote era: Eu faço a diferença, Nós fazemos Acontecer – We Together!
Procurámos um local inspirador, a Quinta da Penha Longa, e convidámos os parceiros ideais para nos ajudarem nesta viagem. Foi verdadeiramente mágico, assistir a uma sala repleta com 150 pessoas, numa sessão de mindfulness, a fazerem exercícios de meditação. Igualmente mágico foi assistir a uma peça de teatro, levada a cabo pela nossa pool de talentos (30 colaboradores), com uma preparação de um dia, onde foram trabalhadas diferentes competências e com convidados especiais de duas instituições sociais… e tudo isto com bastante envolvimento, orgulho e um enorme sentimento de pertença!
Tudo isto é aprendizagem… o que cada um ensina e aprende genuinamente nas suas relações diárias. É este também o ADN das organizações, feito das aprendizagens, das experiências, das vivências, das histórias, de quem está e de quem já não está, enfim, de todos aqueles que fazem parte da “tribo”.
O tema é encantador… talvez um dia escreva um livro!