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4 dias é ou não a nova tendência da semana de trabalho?

As empresas que têm estado a testar a semana de trabalho de 4 dias revelam melhor bem-estar, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e colaboração entre os trabalhadores e, mais importante, nenhuma perda de receita para as organizações envolvidas. São resultados partilhados pelo Going Public: Iceland’s journey to a shorter working week.

A ideia de uma semana de trabalho de 4 dias não é nova. Na Islândia, por exemplo, aquilo que começou por ser uma experiência de apenas algumas empresas, face aos resultados obtidos abrange agora uma elevada percentagem da população ativa com cerca de 86% dos colaboradores a verem reduzidos os horários de trabalho sem cortes na remuneração. O que os resultados demonstram é que é benéfico para os colaboradores e também para as próprias empresas.

O que dizem os dados?

A análise de diferentes indicadores, nomeadamente, desempenho, bem-estar, equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, revela que a redução do número de horas de trabalho semanal não implica quebra de produtividade, pelo contrário, em algumas situações a produtividade aumenta.

Para implementar a semana dos 4 dias foi necessário repensar alguns processos e procedimentos organizacionais, alguns deles muito simples, como é o caso da redução da duração das reuniões de trabalho e eliminar algumas tarefas que provaram ser desnecessárias. Cabe a cada organização avaliar este redesenho das rotinas de trabalho.

A semana de trabalho de 4 dias, tem um enorme impacto na vida de cada colaborador:

  • Redução do risco de burnout
  • Menos stress na vida familiar
  • Mais tempo para dedicar a familiares e amigos
  • Aumento do tempo para si mesmo, seja em hobbies, interesses, ou simplesmente para descansar
  • Maior tempo para atividades domésticas durante a semana de trabalho libertando tempo no fim-de-semana, aumentando a sua qualidade

A necessidade de horários mais reduzidos é real, não restam dúvidas de que hoje os colaboradores estão mais ansiosos e mais exaustos do que nunca e apresentam níveis de stress cada vez mais elevados. Por outro lado, temos atualmente maior consciência sobre como o bem-estar das pessoas impacta a produtividade e o desempenho dos negócios.

 

Também em Espanha, no Japão e na Alemanha, há empresas a testarem a redução do horário semanal de trabalho. Na Nova Zelândia, a Unilever seguiu o exemplo e implementou a semana dos 4 dias.

E em Portugal? Testar a semana dos 4 dias de trabalho é um tema a ponderar nas nossas organizações? O que impede as nossas empresas de avançar ou esperar para ver?

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