Por Irene Moreira
O que o mundo corporativo tem a aprender com a indústria do entretenimento? Um filme, um jogo, uma série… afinal em que cenário querem os colaboradores atuar?
Hoje, fazemos escolhas daquilo a que queremos assistir, onde, quando e como. A indústria do entretenimento transformou-se e em muitos casos esteve mesmo à frente das expectativas dos consumidores. Tudo mudou!
A pandemia apenas acelerou o desafio terminal às práticas de trabalho ultrapassadas
Os comportamentos mudam, as expectativas mudam, os colaboradores mudam e é assim que surgem novos padrões em todos os sectores.
Também as empresas, para atrair talentos das gerações futuras, acostumadas a flexibilidade e a fazer escolhas em todos os outros quadrantes da sua vida, devem mudar. A pandemia apenas acelerou o desafio terminal às práticas de trabalho ultrapassadas.
O que nos diz o artigo publicado pela PWC, é que é sinal de maturidade, as organizações retirarem algumas lições da forma como a indústria do entretenimento se transformou ao dar aos consumidores maior escolha e personalização.
O entretenimento passou a ser pensado respondendo às preferências dos clientes, usando dados para entendê-los melhor. Também algumas empresas e a forma como trabalham é neste sentido que estão a mudar. Os colaboradores querem fazer escolhas sobre onde trabalham, como trabalham, e que valor, a si próprios e à comunidade, o seu trabalho acrescenta.
A tecnologia usada no cinema, jogos, televisão, tem ainda muito potencial a ser explorado pelo mundo corporativo
Se as empresas de entretenimento, prestam serviços e criam experiências impactantes online, por exemplo, então por que razão os empregadores não poderão fazer o mesmo com os seus colaboradores?
Quando se trata de criar ambientes vivos e atrativos para captar talentos, a tecnologia usada no cinema, jogos, televisão, tem ainda muito potencial a ser explorado pelo mundo corporativo.
As pessoas olham para a sua dimensão profissional e questionam “o que é que eu realmente quero para a minha carreira daqui para frente?”
E à medida que os colaboradores encontram respostas a esta pergunta, os empregadores têm que estar preparados. Isso não significa apenas permitir que os funcionários trabalhem em casa. Mesmo para aqueles que são obrigados a trabalhar presencialmente, como uma loja, um hospital ou uma fábrica, devem ser fornecidos as formas e meios para adaptar o seu equilíbrio pessoal e vida profissional para melhor atender às suas necessidades e expectativas – do trabalho flexível à possibilidade de personalizar o respetivo pacote de benefícios.
As empresas devem pensar nas carreiras dos colaboradores da mesma forma que as empresas de entretenimento planeiam uma série de sucesso
As empresas devem pensar nas carreiras dos colaboradores da mesma forma que as empresas de entretenimento planeiam uma série de sucesso, com reviravoltas regulares e desenvolvimento consistente para personagens-chave. Os colaboradores não querem que sua vida profissional seja o mesmo “episódio” todos os dias. Muitos querem sentir progressão e desenvolvimento à medida que sua própria história se desenrola.
Os empregadores não podem esperar que os colaboradores continuem na empresa apenas porque eles empregadores assim o desejam, tal como as empresas de entretenimento não podem exigir que os consumidores assistam à sua oferta mais recente só porque sim.
Em vez disso, os empregadores devem concentrar-se em criar experiências das quais os colaboradores querem fazer parte.
As empresas, que conseguem recrutar e reter os melhores talentos serão as que permitem escolha, personalização e experiências imperdíveis
As empresas, que conseguem recrutar e reter os melhores talentos serão as que permitem escolha, personalização e experiências imperdíveis que as pessoas desejam nas suas vidas, seja a assistir a um filme, a ver uma série na televisão, ou a desenvolver uma carreira profissional.
Gostou deste artigo? Subscreva a newsletter do RHBizz aqui. Siga-nos também no LinkedIn.