Num mundo onde quase todos possuem um grau académico, as competências técnicas, ou hard skills, têm vindo a perder a sua importância, com 59% dos empregadores a indicar que “uma licenciatura já não é um critério essencial”.
De acordo com um estudo recentemente publicado, hoje, o bem-estar é privilegiado em detrimento do know-how e, mais do que uma licenciatura, são as competências comportamentais – soft skills – que atraem os gestores de talento. Para 6 em cada 10 empregadores, as competências sociais são já consideradas “mais importantes que as competências técnicas”.
O Fórum Económico Mundial publicou em 2016 um relatório que mostra que “em média, mais de um terço das competências-chave necessárias na maioria das profissões hoje em dia já não serão consideradas essenciais em 2020. O advento da tecnologia digital, que está a mudar rapidamente o trabalho como o conhecemos, torna as competências técnicas cada vez menos permanentes. Para resumir, é melhor apostar nas qualidades humanas.”
Perante esta mudança de paradigma, também as escolas de negócios estão a mudar a sua visão, já que hoje, a diferença entre dois licenciados é, sobretudo, humana. Monde François Bonvalet, diretor da Toulouse Business School, refere que “hoje estamos a observar uma procura muito forte por parte das empresas. Do lado técnico, não há grandes diferenças entre dois jovens recém-formados que saem de uma boa escola. Mas será que são capazes de trabalhar com os seus colegas ou serem líderes? Trabalhar as competências humanas e emocionais significa dar a si mesmo todas as oportunidades de progredir. São essas competências comportamentais que farão a diferença.”
Por tudo isto, estima-se que as soft skills mais importantes no futuro sejam:
- Eficiência;
- Saber comunicar;
- Flexibilidade e adaptabilidade;
- Colaboração
- Criatividade e iniciativa.
Serão as competências sociais e as qualidades humanas, assim como a capacidade de gerar inteligência coletiva, que farão a diferença. Falamos de competências emocionais como curiosidade, empatia, resiliência e capacidade para ajudar os outros, que se tornarão absolutamente essenciais para o negócio.