“Cuidado com o que partilhas nas redes sociais”, esta é uma frase que ouvimos muitas vezes e que acaba sempre por ter algum eco. Afinal o que partilhamos nas redes sociais funciona como um trilho que, bem sabemos, é percorrido pelo recrutador e pelo candidato, enquanto decorrem processos de recrutamento.
Revela o artigo da McKinsey que, mesmo para a Geração Z, nativa do mundo digital, pode ser complicado gerir a respetiva presença nas redes sociais, esta que é a geração que mais cresce em presença no linkedin, opta não raras vezes, por criar mais do que um perfil em determinadas redes sociais, contas apenas para os amigos, maior cuidado na partilha de vídeos, por exemplo, e manter um perfil “formal” em plataformas como o linkedin.
No entanto, recorrer às redes sociais para conhecer melhor uma pessoa ou uma organização, acontece no mundo corporativo nas duas direções. Veja-se que, segundo a Fortune, 54% da Geração Z admitiu investigar os seus potenciais líderes e managers nas redes sociais, isto com o objetivo de procurar sinais na cultura do local de trabalho com os quais poderão vir a não ter identificação e proximidade.
Numa geração que valoriza o propósito da organização, líderes solidários e confiáveis, aquilo que estes revelam nas redes sociais tem impacto nas escolhas que fazem estes jovens profissionais e se não gostam daquilo que veem, vão à procura de outros líderes que os inspirem. A identificação de valores é um elemento impactante para a Geração Z.
Se ainda há quem prefira definir uma fronteira clara entre a sua vida pessoal e a profissional, outros há, nomeadamente na Geração Z para quem essa fronteira é ténue ou nem sequer faz sentido existir, daí o facto de encararem com naturalidade o estar conectado com os colegas de trabalho.
No entanto, nem tudo é aceite e entendido da mesma maneira por todos. Tornou-se viral a episódio vivido por Lexi Larson que revelou através de um tik tok o seu salário e que no decorrer dessa partilha foi despedida. Para a Geração Z, partilhar nas redes sociais temas de trabalho não é um tabu ou uma questão a evitar.
O aumento do tempo gasto pela Geração Z nas redes sociais é reveladora do papel essencial que estas ocupam na vida destes novos profissionais, não descuremos este facto.
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