Tomada de decisão, a quanto obrigas!

Tomada de decisão
Nuno Jorge, Head of Sales – Formação
e Consultoria, Abilways Portugal

No Shake to Lead, programa de liderança com Shakespeare em IV Atos – mobilizamos os nossos líderes para a importância que é tomar decisões.

O ato da Tomada de Decisão é o IV e último Ato desta caminhada que inicia pela importância que damos ao líder ético (Acto I) – cujo os valores da liberdade, responsabilidade e integridade são as fundições para uma comunicação e uma relação com os outros duradoura e geradora de resultados – aprofundamos com o ato da gestão emocional (Ato II) – em que conduzimos os nossos líderes para um trabalho de autoconsciência e autorregulação emocional, automotivação e capacidade de desenvolver habilidades sociais diversas como a empatia ou a capacidade de influência – e onde treinamos as competências de comunicação (Ato III) tão indispensáveis na liderança e onde são estimuladas práticas de eficácia e autenticidade comunicacional.

A comunicação ao ser feita de forma autêntica, transparente e honesta abre sempre espaço para um diálogo genuíno e empático

A “comunicação ao ser feita de forma autêntica, transparente e honesta abre sempre espaço para um diálogo genuíno e empático, construindo relacionamentos mais fortes e saudáveis” o que é, no final de toda uma complexa equação, o que qualquer líder quer atingir com o desenvolvimento das suas equipas.

Abordar a forma como é tomada uma decisão remete-me sempre para um princípio de que ao longo dos anos foi desenvolvido por diversos autores e que se pode resumir, de forma simples, de que “todas as coisas são criadas duas vezes”. E porquê? Porquê duas vezes?

O referido princípio, aplicado à liderança, e, particularmente, à proatividade para tomar decisões, assenta que qualquer decisão é um processo de criação que envolve duas etapas:

  • Visualização – cabendo neste caso ao líder a sua capacidade para conceber mentalmente a ideia ou decisão que vai tomar na prática. É uma etapa que estimula a capacidade de raciocinar e de ser criativo.

Grandes líderes tomam a etapa da visualização como uma forma de formular vários cenários, idealizar a utilização dos melhores meios ou recursos para atingir o fim.

A visualização pode até culminar em detalhes do que é a consequência ou resultado da decisão e, desse modo, qual deve ser o comportamento (ou até a visualização emocional da satisfação ou da celebração) seja do líder seja das pessoas que estão envolvidas.

  • A ação para decisão – é a etapa da execução. Envolve transformar a visualização na realidade prática. Requer comunicação, foco e proatividade. Poderá envolver superação e capacidade de influência e persuasão de um líder.

A visualização é o ponto de partida e o gatilho mental para a tomada de decisão na prática

A obra de Hamlet, de Shakespeare, é fértil em processos complexos e meticulosos onde estas duas etapas – idealização, visualizar e, depois, agir e atuar – estão muito vincadas. O mesmo surge na peça Sonho de uma Noite de Verão, onde os vários personagens interagem sob uma dualidade daquilo que idealizam fazer (como que um sonho a ser vivenciado) e do que são as decisões concretas tomadas por cada personagem.

Há uma dimensão lógico-racional que as lideranças podem e devem apreender e aprofundar no seu exercício quotidiano de tomar decisões

Mas, para além da dimensão comportamental e individual do líder na forma e no timing em que tem de tomar decisões, muitas das vezes de forma isolada, há uma dimensão lógico-racional que as lideranças podem e devem apreender e aprofundar no seu exercício quotidiano de tomar decisões – treinar tomadas de decisão assentes no método do caso, comumente utilizado na Harvard Business School.

O método do caso apoia a tomada de decisão recorrendo a uma modelo lógico-racional que segue as seguintes premissas:

  • Análise crítica com foco na resolução/decisão – estimulando-se que se avalie as diferentes dimensões ou perspetivas do problema e se racionalize em torno da resolução eficaz;
  • Pensamento sistémico que atenda às consequências da decisão que se vai tomar – desafiando o decisor para interligar fatores e impactos que a sua decisão vai ter no contexto onde será tomada;
  • Garantir clareza e eficácia na comunicação da decisão – tomada a decisão pelo líder, é fundamental que este a comunique corretamente aos “visados” e tenha capacidade de a explicar, argumentar e, se necessário, detalhar de forma que não seja uma decisão abstrata, mas com execução e as consequências concretas que são esperadas;
  • Atender sempre ao pensamento criativo e inovador – há decisões que são tomadas por analogia ou lógica. Contudo, no exercício da liderança há muitas das decisões que são únicas, novas e irrepetíveis – nesse sentido, a capacidade de “pensar fora da caixa” e trazer para a resolução de uma questão uma perspetiva fora do comum que origina uma decisão criativa é de valorizar e incentivar.

 O método do caso é muito apreciado e treinado por quem está em papéis de liderar ou apoiar as lideranças

Nas áreas da diplomacia, da gestão de negócios e em negociações complexas o método do caso é muito apreciado e treinado por quem está em papéis de liderar ou apoiar as lideranças pois permite desenvolver um pensamento sistémico e holístico que amplia a competência de tomar decisões.

A este método do caso, juntar-se-ão outros métodos e premissas a que o líder deve atender, estudar e, particularmente, treinar. Muitos métodos têm origens na matemática, geopolítica e na esfera militar – é um vasto campo de conhecimentos e abordagens que o programa Shake to Lead explora no seu IV e último ato no incentivo de abrir novas perspetivas do líder continuar a valorizar o seu treino de liderança recorrendo a diversos modelos.

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