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Gestão e liderança feminina nas empresas portuguesas em rota de crescimento

Gestão e liderança feminina nas empresas portuguesas em rota de crescimento

A liderança e gestão feminina nas empresas nacionais tem vindo a crescer nos últimos anos e é esperado que, com a lei que obriga as empresas públicas e cotadas em bolsa a terem mulheres em órgãos de fiscalização e nos seus conselhos de administração, continue a aumentar. E no que a liderança feminina diz respeito, em Portugal, quem está na linha da frente são as microempresas, em que um terço das organizações são geridas por mulheres.

A conclusão consta do mais recente estudo da Informa D&B que revela que no caso das grandes empresas, os cargos de gestão e administração ocupados por mulheres ainda não chegam aos 15%.

“As mulheres representam um terço dos poderes de decisão do tecido empresarial português, valor que aumentou três pontos percentuais nos últimos cinco anos. Dentro dos poderes de decisão do tecido empresarial, 26% assume apenas uma participação no capital enquanto sócio/acionista, sem participação na gestão; a grande maioria assume cargos de gestão/administração (68%) onde uma parte significativa participa também no capital e 6% são cargos de direção executiva (direção de 1ª linha)”, indica ainda o documento.

As microempresas representam 95% do tecido empresarial português e têm em média 219 mil euros de volume de negócios e quatro colaboradores. Para além disso, nestas empresas o gestor e o dono do capital são habitualmente a mesma pessoa. Os setores que concentram a maioria destes pequenos negócios são também os que têm uma maior percentagem de mulheres em cargos de gestão: Serviços, com 37%, e Retalho, com 34%.  Dentro dos Serviços, destacam-se as áreas de Beleza, Educação e Saúde. Com menor percentagem de gestores femininos nos pequenos negócios estão os setores das Telecomunicações, da Construção e do Gás, Eletricidade e Água.

No caso das pequenas, médias e grandes empresas, o desequilíbrio de género nos cargos de gestão e administração mantém-se: com volumes de negócio superiores e maior número de empregados, estas empresas têm estruturas de gestão mais complexas e com mais elementos.

De acordo com o estudo, “nas pequenas empresas, 24,2% dos cargos de gestão/administração são ocupados por mulheres, número que desce para 19,2% nas médias empresas e para os 14,7% nas grandes empresas. Nas empresas portuguesas com controlo de capital estrangeiro a presença feminina na gestão/administração é em geral mais baixa do que nas empresas com controlo de capital nacional. No entanto, este indicador não varia em função da dimensão da empresa.”

Importa ainda referir que, segundo a Informa D&B, é nas empresas com liderança feminina que a maioria (52%) dos cargos de gestão são ocupados por mulheres e a diversidade de género nas equipas é maior: 88% das equipas de gestão e 72% das equipas de direção são mistas (com 35% de cargos femininos). Esta realidade contrasta com as empresas lideradas por homens (84% do total), onde 82% dos cargos de gestão são ocupados por homens. No caso da liderança masculina apenas 44% das equipas de gestão são mistas, sendo as restantes exclusivamente masculinas.

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