Requalificar pessoas, a quanto obrigas!?

Requalificar pessoas

O contexto que envolve a escassez de profissionais em vários setores de atividade e, geograficamente, na região norte, Algarve e na grande Lisboa, tem desafiado as empresas a reforçarem a sua capacidade para atrair talento e, por outro lado, numa aposta cada vez mais assumida na  retenção e requalificação das pessoas que, já estando integradas numa organização, são desafiadas a mudar de funções e, em muitos casos, a transitar de departamento.

Mas, a requalificação, para além da gestão criteriosa de recursos humanos num contexto de escassez, surge também pelos processos de transições digitais, tecnológicas e ecológicas que as empresas hoje enfrentam e que obrigam ao desenvolvimento de novas competências.

O mecanismo de recuperação e resiliência, bem como o orçamento da UE e o NextGenerationEU [i], quase como equiparados a um novo Plano Marshall, assumem um claro propósito de, colocando as pessoas no centro da ação, as requalificar e, com isso, preparar as empresas e as instituições públicas para as próximas décadas.

Numa perspetiva de gestão de recursos humanos e, particularmente de L&D, assinalo 4 notas devemos considerar numa estratégia de requalificação de profissionais:

  1.  Ter perfis de competências, avaliar e analisar – ter perfis de competências objetivos, atualizados e um processo definido que faça a avaliação de competências e habilidades dos colaboradores de forma regular e sistemática.
    À definição e execução deste processo num tempo presente, devem ser discutidas as competências (e novas funções) que a organização precisará num futuro próximo para atender à evolução da sua estratégia;
  1.  Definir métricas e objetivos para a requalificação – cabe às lideranças estabelecer indicadores de performance e objetivos de evolução individuais e da equipa para, em função disso, decidir ações internas e programas de formação que façam cumprir o propósito da requalificação.
    Uma empresa que tenha um sistema de avaliação de desempenho claro e objetivo, assente em competências e que projete futuro, toma decisões de forma mais informada, retém mais talento e as iniciativas de requalificação ficam mais óbvias e facilitadas.
  1.  Executar programas de formação que criem impacto e gerem resultados – no final de uma intervenção formativa o resultado pretendido é habilitar o colaborador a ser mais competente e eficiente nas suas funções.
    Em função disso, e conhecendo a organização, a sua cultura e os perfis dos colaboradores, é responsabilidade das lideranças e da equipa de recursos humanos definir quais são as melhores modalidades e formatos para formar os colaboradores e que parceiros podem ser considerados na equação.
    Numa perspetiva de requalificação, muitas soluções são flexíveis e individualizadas e passam por programas de mentoria (internos ou apoiados em parceiros), coaching e acompanhamento on the job para que a adesão e motivação para as novas funções seja mais rápido e fácil.
  1.  Conhecer outras realidades e atender a tendências – requalificar profissionais é adaptar a organização aos desafios atuais e futuros. O custo de estagnar profissionais, não desenvolvendo os seus talentos, e de “paralisar” a empresa a posicionamentos estáticos sem atender às tendências do mercado, é elevadíssimo e pode significar o princípio do fim de um projeto empresarial.
    Nesse sentido, é fundamental as lideranças manterem-se atualizadas, conhecerem outras realidades empresariais, as tendências do seu mercado e dos seus consumidores, fazerem efetivas expedições de aprendizagem, que promovam a inovação e garantam o engagement de toda a organização em prol de desenvolvimento das suas competências e do próprio negócio que diariamente ajudam a potenciar.

Em conclusão, desenvolver uma estratégia de requalificação de profissionais, num contexto da escassez de talentos e de transformação em que vivemos, é, na maior parte das vezes, a escolha mais coerente e consistente pois está alinhada com a avaliação das competências atuais e futuras dos colaboradores que conhecemos e que conhecem a organização e com a valorização crescente que é dada à aprendizagem ao longo da vida e à adaptabilidade e agilidade que qualquer profissional tem de assumir para si próprio no mercado de trabalho cada vez mais global em que vivemos.

[i] Saber mais sobre o NextGenerationEU em https://next-generation-eu.europa.eu/index_pt

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