As novas tecnologias/inteligência artificial vão tornar as organizações mais eficazes. Mas podem substituir as pessoas?
O desenvolvimento de novas tecnologias sempre existiu. Nos últimos dois anos surgiu, na área dos serviços, soluções de robotização, mais conhecido por RPA (Robotic Process Automation), não devemos, no entanto, confundir com Robotização com Inteligência Artificial pois são áreas completamente diferentes que podem, ou não, trabalhar em conjunto. A forma como trabalhamos está constantemente a alterar-se, não apenas com o aparecimento de novas tecnologias, mas também com uma maior preocupação das organizações para a melhoria contínua. É natural que existam funções que tendem a desaparecer em contrapartida de outras que surgirão. Os processos de robotização vão efetivamente substituir as funções ligadas às tarefas repetitivas e rotineiras, no entanto já está a surgir a necessidade de novas competências, mais analíticas, não só na monitorização da informação produzida pelos robots ou programação, mas também as ligadas à análise de processo.
Que competências serão esperadas das pessoas no futuro quando grande parte das tarefas for executada por robots?
Vão ser, sobretudo, competências mais de análise de processo.
Os robots são programados para fazerem tarefas repetitivas e rotineiras, como por exemplo extrair dados de aplicações e plataformas online, realizar cálculos e outras operações em MS Office ou até mesmo abrir e-mails, descarregar e tratar anexos. Por isso, vão ser sempre necessárias as competências de programação dos Robots (não competências de linguagem de programação), de análise dos dados, resolução de erros e, muito importante, competências ligadas à melhoria de processo. Se o processo não for previamente otimizado, estaremos a robotizar desperdício com impacto no número de robots necessários (mais custo) e no tempo de disponibilidade dos mesmos (menos tempo disponível).
A experiência é o caminho para colaboradores mais envolvidos com as organizações?
Se pensarmos na variabilidade de experiências que atualmente as empresas podem disponibilizar aos seus colaboradores, nomeadamente com a rotação funcional, então sim, diria que esse é um dos caminhos para termos colaboradores mais envolvidos.