Raquel Rebelo, CEO, Abilways Portugal
Os profissionais de recursos humanos que participam na ExpoRH são infetados pelo vírus do desenvolvimento, da transformação e da valorização das pessoas e ficam imunes ao conformismo.
O que faz da ExpoRH um evento sobre pessoas e recursos humanos diferenciador e incontornável?
Atrevo-me a dizer que o que faz da ExpoRH um evento diferenciador e incontornável é a sua irreverência! A ExpoRH é o resultado da paixão, do empenho e da audácia de toda uma equipa. Da minha equipa… É o resultado da inquietude de querer estar sempre um passo à frente e fazer o que não é esperado. Na ExpoRH arriscamos a partilhar experiências que nunca foram partilhadas, damos palco a pessoas que nunca tiveram palco, trazemos para cena personagens que não fazem habitualmente parte do cenário RH. Procuramos talentos escondidos. E isso é, sem dúvida, diferenciador.
A ExpoRH é o resultado da paixão, do empenho e da audácia de toda uma equipa
Ano após ano, ao longo destes mais de 20 anos de existência, fomo-nos ajustando e evoluindo. Crescemos! Errámos, aprendemos, testámos, mudámos, evoluímos. Ganhámos maturidade, notoriedade e reconhecimento. Nunca nos resignámos, nunca nos acomodámos e passo a passo fomos conquistando a confiança dos profissionais, do mercado, como um momento de partilha de tendências, conhecimento e experiências, incontornável.
Nesta edição a ExpoRH “mudou de casa” e está no Bairro dos Museus, em Cascais. Qual a razão desta opção e como é que o espaço em que acontece o evento contribui para a mensagem que querem passar?
A primeira grande razão para a mudança de espaço chama-se Covid-19. Ao não podermos reunir as pessoas como habitualmente no mesmo espaço, quer pelas imposições de distanciamento e lotação impostas pela DGS, quer pelo facto do Centro de Congressos do Estoril estar há mais de um ano a servir como centro de testes Covid, tínhamos duas opções: ou mantínhamos o evento 100% digital, ou encontrávamos uma solução criativa para contornar estas limitações e fazíamos uma edição novamente com a componente presencial.
A Casa das Histórias, os Jardins do Museu do Mar e o Teatro Gil Vicente, são três espaços ligados à arte que de formas distintas respiram inspiração, convidam ao despertar da curiosidade e desafiam a criatividade, tal como a ExpoRH
E foi isso que fizemos. Optámos uma vez mais por não seguir pelo caminho mais fácil e decidimos arriscar num modelo híbrido, permitindo que cada um assista ao evento da forma que considere mais adequada.
Procurámos espaços que, por um lado nos permitissem ajustar o evento às restrições existentes, mas que por outro tivessem algum significado. Descobrimos o Bairro dos Museus em Cascais, que nos pareceu o local ideal por nos permitir realizar o evento em múltiplos espaços, alguns deles ao ar livre, aproveitando o facto do evento se realizar em junho e de considerarmos muito mais segura a interação entre pessoas em espaços exteriores.
A Casa das Histórias, os Jardins do Museu do Mar e o Teatro Gil Vicente, são três espaços ligados à arte que de formas distintas respiram inspiração, convidam ao despertar da curiosidade e desafiam a criatividade, tal como a ExpoRH. Considerarmos que realizar o evento em espaços ligados à arte fazia todo o sentido e trazia ainda mais coerência ao evento. Afinal, gerir pessoas é uma arte. É inspirar, desafiar, transformar, criar, marcar…
De que forma é que a participação na EXPORH transforma os profissionais de recursos humanos?
Pelo contágio de ideias e práticas inovadoras, pela propagação de tendências, pela transmissão de conhecimento, pela injeção de shots de partilha e aprendizagem, os profissionais de recursos humanos que participam na ExpoRH são infetados pelo vírus do desenvolvimento, da transformação e da valorização das pessoas e ficam imunes ao conformismo.
Estimulem a curiosidade das vossas equipas para que estas tenham vontade de aprender. Façam-nas sair dos seus ‘habitats’ e promovam momentos de descoberta de ‘novos mundos’
A IFE tem uma experiência vasta na facilitação da aprendizagem e do desenvolvimento das pessoas e das organizações. Enquanto CEO qual a mensagem que a Raquel quer dar aos profissionais de RH a quem é pedido que estimulem nas suas pessoas o lifelong learning e o ser um “eterno aprendiz”?
Em primeiro lugar, sejam humildes e assumam que também vocês têm muito para aprender, sempre. Deem o exemplo! Ao estarmos focados nos outros esquecemo-nos, por vezes, de cuidar do nosso próprio desenvolvimento e apostámos pouco na nossa própria formação.
Depois, estimulem a curiosidade das vossas equipas para que estas tenham vontade de aprender. Façam-nas sair dos seus ‘habitats’ e promovam momentos de descoberta de ‘novos mundos’. Questionem-nas, desafiem-nas e coloquem-nas em situações que as obriguem a fazer diferente, a ir mais além, a mudar, a pensar e a agir de forma distinta.
Apostem na formação experiencial e privilegiem a colaboração, a partilha e a aprendizagem entre pares, sempre que possível.
Recorram a métodos pedagógicos que estimulem as emoções e deem confiança às equipas para experimentar, praticar, errar e aprender com os erros.
Invistam na formação comportamental e no desenvolvimento das competências pessoais que permitem desenvolver a aprendizagem.
E por último, não entendam a formação como um ‘remédio’ one shot, mas olhem para a formação como um processo de continuidade que ajuda a promover o alinhamento entre cultura, estratégia, negócio e as competências individuais. Um processo contínuo de evolução e crescimento.
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