A transformação digital está a impulsionar uma mutação de todos os setores de negócio e os Recursos Humanos não serão diferentes. Como serão os diretores de Recursos Humanos de amanhã? Quais serão as competências e o perfil essencial para assumir essa função? De acordo com o l’Institut du Management des Ressources Humaines, literacia digital, capacidade de inovar e de promover uma melhoria das competências dos seus colaboradores serão aspetos chave.
O estudo recentemente publicado pela empresa revela que para além destas competências, será fundamental que os diretores de Recursos Humanos do futuro possuam uma boa compreensão do digital ou do desenvolvimento de talentos. O desenvolvimento de competências será, aliás, um aspeto crucial. O diretor de Recursos Humanos do amanhã terá que ter a capacidade de propor novas experiências de aprendizagem e de ajudar os seus colaboradores a desenvolver as suas competências e todo o seu potencial. Neste plano, uma das tendências é a gamification: 30% dos responsáveis de Recursos Humanos considera a utilização do jogo na formação pertinente, 50% já o está a utilizar nas suas empresas e 12% considera vir a utilizar esta forma de aprendizagem no futuro.
Ora, segundo o estudo, a boa notícia é que os atuais diretores de Recursos Humanos e outros profissionais da área já se sentem à vontade com as novas tecnologias. A grande maioria (84%) está inclusive consciente da importância das redes sociais para os seus funcionários. Ainda assim, importa referir que falta o próximo passo para a implementação de todas estas tendências. É que quando se olha mais profundamente para a questão, os profissionais do setor não estão assim tão familiarizados com as ferramentas digitais, com 41% a indicar não saber o que significa MOOC e SPOOC.
O que importa reter é que, no global, os gestores de Recursos Humanos não estão indiferentes às mudanças que devem ser feitas no negócio das empresas, nem se opõem. É, no entanto, urgente melhorar a apropriação destas ferramentas digitais não só por todos os colaboradores das organizações, mas sobretudo pelos diretores de RH.