Responsabilização: estratégias dos líderes para disseminarem a responsabilização entre os colaboradores
A responsabilidade e a autonomia de que tanto se fala, pode ser e deve ser trabalhada no quotidiano de uma organização. E neste sentido, há caminhos simples que os líderes podem seguir. Um estudo da Korn Ferry aponta alguns deles:
Clareza e propósito
Incentivar a que todos os membros da organização se sintam capazes de tomar decisões e não apenas os líderes. Este é um trabalho contínuo traduzido nos valores da empresa e que deve estar claro para todos os colaboradores, ou seja, a capacidade de tomar decisões é uma competência valorizada. Para isso a responsabilização e a autonomia devem ser trabalhadas, não há lugar para o medo de errar, que é substituído pela vontade de arriscar, com responsabilidade. Cultivar no dia-a-dia da empresa a iniciativa de ir à procura da resposta, de perceber o que faz sentido perante cada situação e dar respostas, decidir.
Comunicação
Usar a comunicação na construção de uma cultura de responsabilização dentro de empresa. Os líderes devem proporcionar canais abertos de feedback, em que há abertura para fazer perguntas, questionar planos, debater pontos de vista, ou seja, abertura para tornar a decisão uma prática acessível a todos e em que corrigir não significa “apontar o dedo”.
Privilegiar o “Nós” em detrimento do “Eu”
Neste ponto, o trabalho em equipa e a confiança, são a chave. O simples facto de se falar em “nós” e não apenas no “eu” é, muitas vezes, o fator decisivo para tornar a tomada de decisão uma prática experienciada por todos os colaboradores.
Por outro lado, esta consciência do “nós”, incentiva cada pessoa a dar o seu melhor como forma de contribuir para o sucesso coletivo, o que traduz claramente uma cultura corporativa forte e em que o todo da organização vai muito para além das partes.
Reuniões como oportunidades
Cada reunião com os colaboradores, deve ser encarada como oportunidade para desenvolver o trabalho em equipa, a comunicação e a confiança.
O objetivo de cada reunião deve estar claro para todos, a duração e qual a participação esperada de cada um dos elementos presentes. Surpreender o colaborador com perguntas para as quais não estava preparado para responder, é o tipo de situação que vai fragilizá-lo e não acrescenta absolutamente nada ao desenvolvimento da confiança individual, é um passo atrás. Cada reunião deve ser sim uma oportunidade para que o colaborador participe com confiança e demonstre perante a equipa que “é capaz”.
Melhoria contínua
A responsabilidade não surge apenas após uma situação específica. Responsabilizar o colaborador implica, um acompanhamento construtivo assente no diálogo e no feedback, feito de avanços e recuos, sempre numa perspetiva de crescimento pessoal e consequentemente em melhores resultados para a organização.