O tema do envelhecimento dos colaboradores coloca novos desafios às empresas e a abordagem intergeracional exige uma reflexão profunda
Prevê-se que, em 2030, os colaboradores do grupo etário dos 55-66 anos representem mais de 30% da população ativa em muitos países da Europa, não esquecendo que a idade da reforma tem também vindo, na maioria dos casos, a aumentar. Em Portugal, a idade da reforma situa-se nos 66 anos.
O envelhecimento da população ativa capta a atenção do mundo corporativo um pouco por toda a Europa. Embora estes trabalhadores tenham menos probabilidades de ficar desempregados comparativamente aos trabalhadores mais jovens, os dados revelam que os trabalhadores mais velhos consideram que, se perderem o emprego, não conseguirão encontrar um novo emprego com uma remuneração idêntica e terão até dificuldades em voltar a entrar no mercado de trabalho.
O Eurofound – Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, apela à necessidade de ajudar o mercado de trabalho a adaptar-se aos desafios de promover simultaneamente a equidade e a solidariedade entre gerações.
O que podem fazer as empresas para que esta seja uma oportunidade de crescimento dentro das equipas e não fonte de problemas acrescidos?
A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, destaca que “as mudanças normais relacionadas com a idade tanto podem ser positivas como negativas”.
Quando falamos de uma eficaz gestão da idade conduzida pela empresa, que benefícios traz para os colaboradores:
- Maior motivação
- Maior satisfação com o trabalho
- Maior equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar
- Manutenção da capacidade de trabalho e da empregabilidade ao longo de toda a carreira
Para os empregadores de que benefícios falamos:
- Manutenção de recursos humanos e antecipação da escassez de competências
- Ausência de custos elevados associados à perda de competências e experiência dentro da organização
- Redução do turnover e dos custos com novos processos de recrutamento
- Gestão positiva de colaboradores quando se reformam
- Melhor desempenho de todos os grupos etários
- Melhor utilização dos pontos fortes e competências de diferentes grupos etários, incluindo o aproveitamento de redes, conhecimentos e experiência de trabalho de colaboradores mais velhos
As empresas que fazem a experiência de apostar no desenvolvimento de equipas multigeracionais, revela que todos ganham, não apenas ao nível de competências funcionais, como também, na comunicação e relação entre os colaboradores. Dilui barreiras pré-existentes de alguma desconfiança que diferentes grupos etários têm para com grupos de outra geração e desenvolve a consciência de que todos aprendemos uns com os outros.
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