Criar empatia, decifrar as emoções dos outros e capacidade de adaptação a vários tipos de personalidade serão competências essenciais no futuro. Quem o diz é o Capgemini Research Institute, que estima que a procura por colaboradores com uma forte inteligência emocional deverá ser, pelo menos, seis vezes superior nos próximos anos.
De acordo com o estudo, atualmente 74% dos executivos seniores e 58% dos colaboradores não executivos inquiridos acreditam que muito em breve será impossível contar com colaboradores sem esta competência.
A importância de identificar as nossas próprias emoções e as dos outros é amplamente reconhecida na área dos Recursos Humanos, contudo, nunca foi tão importante como hoje. A Inteligência Artificial está aí para substituir os humanos em algumas tarefas e cada um de nós terá de ser capaz de demonstrar elevadas competências de inteligência emocional para responder à mudança de funções nas organizações.
Jérôme Buvat, diretor do Instituto de Pesquisa Capgemini, revela que “os funcionários, em todos os níveis da empresa, terão de mostrar inteligência emocional para responder à transformação dos seus papéis, agora mais focados em relacionamentos e menos em questões técnicas. Inteligência emocional não é um conceito novo. O que é novo, no entanto, é que com o aumento da automatização e da Inteligência Artificial, será necessária para todos os colaboradores e não apenas para as lideranças”.
Investimento em formação é crucial
O diretor do Instituto de Pesquisa Capgemini revela, no entanto, que continua a ser difícil para as empresas entenderem que a inteligência emocional não é apenas um traço de personalidade e que se pode desenvolver com formação.
“É claro que nem todos somos iguais no que diz respeito à inteligência emocional e que depende muito da personalidade, da cultura e da educação recebida. Contudo, é possível aumentá-la graças a programas de formação adaptados. As empresas que implementem programas de formação em inteligência emocional colhem benefícios reais”, acrescenta Jérôme Buvat.
O estudo da Capgemini acrescenta ainda que os colaboradores com mais competências de inteligência emocional são mais produtivos e mais felizes, estimando-se que o desempenho económico seja quatro vezes superior nas empresas que investem no desenvolvimento deste tipo de competências.
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