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Felicidade no trabalho: o que podemos aprender com o hygge dos escandinavos

Felicidade no trabalho: o que podemos aprender com o hygge dos escandinavos

Não é por acaso que a Dinamarca é considerada o país mais feliz do mundo. Os dinamarqueses têm um ‘segredo’ bem guardado: chama-se hygge (sim, pronuncia-se huga) e ensina-nos a apreciar os pequenos prazeres da vida, a praticar o aconchego e é uma filosofia que todos estão a tentar copiar. Até nos negócios…

Para um dinamarquês o hygge pode ser algo tão simples como beber um chá quente à frente de uma lareira, uma reunião de famílias e amigos, um jantar à luz das velas ou tempo para ler um bom livro. O que tem isto a ver com os negócios e os Recursos Humanos.

O Deloitte Millennial Survey de 2019 revela que as gerações mais novas se sentem desiludidas com as tradicionais metas dos negócios. Além de um pessimismo latente, estas gerações revelam alguma inquietação em relação ao progresso social e económico e ao seu papel no mundo. Com este crescente sentimento de ansiedade a tomar conta das empresas, já que os Millennials representam neste momento grande parte da força de trabalho, as empresas estão a prestar cada vez mais atenção à necessidade de criar uma cultura organizacional forte. E a realidade é que as gerações mais novas esperam muito mais das suas empresas do que um salário ao final do mês…Falamos de uma geração que quer sentir, mais do que qualquer outra, que faz parte de algo maior que si própria.

Os escandinavos e os países nórdicos estão a liderar nesta frente, sendo também considerados aqueles que têm as forças de trabalho mais felizes. Este ano, no World Happiness Report, a Dinamarca voltou a ser considerada o país mais feliz do mundo.

Naomi Trickey, VP of People and Culture da Planday, empresa de software para a área dos Recursos Humanos, escreve no portal HR Zone que existem três estratégias de negócio que aprendeu com os escandinavos e que podem ajudar a elevar a cultura de uma empresa.

Igualdade

Os países nórdicos tendem a estar na linha da frente em todo o que diz respeito à igualdade, tanto na esfera pessoal como profissional. Na Dinamarca, o gap salarial entre homens e mulheres é muito baixo e as licenças de maternidade são partilhadas pelos dois progenitores.

“Os escandinavos são conhecidos pela sua natureza honesta e frontal, o que pode ser alarmante para outras culturas, mas esta abordagem ajuda a criar um ambiente aberto, em que os colaboradores se sentem confortáveis em partilhar a sua opinião”, explica Naomi Trickey.

Transparência

No centro da cultura dinamarquesa está a autenticidade e a transparência. Os objetivos por detrás destes valores sempre foram vitais nos negócios escandinavos e é a forma como os dinamarqueses vivem as suas vidas pessoais e profissionais.

“O peso e o valor que os escandinavos colocam sobre o dinheiro é muito menor do que noutros países, com o sentido de propósito e de bem-estar a surgir como prioritários face às motivações financeiras”, diz ainda.  A transparência é aplicada em praticamente tudo o que os nórdicos fazem. Por exemplo, na Suécia é possível descobrir quanto ganha cada pessoa ao contactar as finanças, o que se traduz num gap salarial de apenas 6% entre homens e mulheres.

Hierarquia

Outro dos fatores que faz da Escandinávia uma das regiões onde os trabalhadores são mais felizes prende-se com a forma como as hierarquias são vistas e adotas em vários campos da sociedade.

Na Dinamarca, as hierarquias são vistas com alguma desconfiança, sendo valorizados valores como a autonomia e a individualidade. Por outro lado, valores como o materialismo e a competitividade são olhados de lado, o que ajuda a explicar o facto de muitas empresas escandinavas colocarem de lado as hierarquias. Com a adoção destes valores, os negócios dinamarqueses conseguem criar soluções que as suas forças de trabalho querem adotar e que respeitam.

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