Colaboradores com “uma atitude diferente” exigem estratégias diferentes. Quem o diz é Telma Lopes, gestora de projeto do Porto RH Meeting, que em entrevista nos explica porque é que as organizações têm de dedicar mais tempo à cultura. O tema será o foco daquele que já se tornou no mais importante encontro de Recursos Humanos a Norte. Saiba tudo o que estará em debate nos dias 27 e 28 de novembro, na Alfândega do Porto.
Há seis anos que a Abilways Portugal junta os profissionais de Recursos Humanos no Porto para debater as principais tendências do setor. Que balanço fazem destes seis anos de Porto RH Meeting?
É verdade, parece que foi ontem e já lá vão 6 anos. O balanço é muito bom. Desde o início do evento que os profissionais de recursos humanos a Norte respondem de forma positiva ao nosso convite e a prova disso é que todos os anos crescemos. Crescemos em notoriedade, no espaço, no número de expositores e no número de visitantes. Este ano damos mais um passo neste crescimento e alargámos o evento para dois dias, o que significa que vamos ter mais oradores e mais partilhas e consequentemente acrescentar ainda mais valor a quem vem assistir.
O Porto RH Meeting tem este ano como mote ‘Your Culture. Your Voice’. Porque escolheram este tema?
Apesar de ser um tema presente nas organizações, não se dedica ainda tempo suficiente a ‘tratar’ da cultura. Não é algo que se ‘veja’ e por isso é fácil não dar a atenção devida, no entanto, é algo que se sente, que influencia a experiência do colaborador e desta forma assume uma grande importância. Estamos com frequência em contacto com empresas de diferentes sectores de atividade e dimensão e percebemos que a gestão continua essencialmente assente em resultados, mas o colaborador de hoje tem uma atitude diferente. Comporta-se como um cliente que é preciso atrair, reter e fidelizar. É muito mais informado, consciente e espontâneo, para quem já não é suficiente ter um emprego. Quer inovar, experimentar, aprender, contribuir e acima de tudo ter um significado e ser parte integrante. E todos sabemos que um colaborador envolvido se transforma num embaixador com voz e com testemunhos na primeira pessoa, o que num mundo digital como o de hoje, pode chegar a muita gente. Por estes motivos e outros entendemos que seria o momento certo para falar de um tema que está ‘adormecido’ e é preciso acordar porque, como diz Peter Drucker, “Culture eats strategy for breakfast“.
Todos os anos reúnem os melhores profissionais de Recursos Humanos e debatem as tendências mais atuais do setor. É fácil continuar a surpreender, ano após ano?
É sobretudo desafiante. A responsabilidade é, cada ano que passa, maior. Mas o entusiasmo está precisamente aí, no desafio que todos os anos temos quando estamos a pensar no que podemos oferecer aos profissionais de RH que partilham connosco estes dois dias. Quando nos tentamos colocar no seu lugar, perceber os seus desafios e encontrar formas de os inspirar e de os ajudar a levar ideias, sugestões ou soluções para o seu local de trabalho. Claro que todos os anos queremos surpreender, mas acima de tudo, queremos que o Porto RH Meeting seja uma boa experiência e que quando os profissionais regressem às suas organizações pensem “para o ano vou voltar”.
O que podem esperar os profissionais da edição deste ano?
Podem esperar partilhas e conversas de qualidade com oradores de diferentes setores de atividade, maioritariamente do norte do País. Podem também contar com uma forte componente de experimentação de ferramentas de trabalho diferentes, através da participação e envolvimento nos nossos quatro learning corners sobre gestão de conflitos através da gamification com o jogo dos exploradores, mind map, employee jorney map e perfil de LinkedIn. O objetivo destes learnings corners é que os participantes, de forma divertida, experimentem ferramentas e levem consigo conhecimento e experiências que podem implementar no seu dia-a-dia profissional. E esta é uma das novidades deste ano. Queremos também proporcionar uma participação mais digital, em alguns momentos do evento de forma a potenciar e aumentar a participação de todos. Resumindo, podem esperar dois dias desafiantes com uma aposta forte na aprendizagem e nas experiências diferenciadoras com o objetivo de inspirar e influenciar as organizações.
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