Trust Organizations > Tudo começa na Confiança
A Confiança é a base de um efetivo sistema operativo de relações interpessoais dentro de uma organização.
Sempre foi de bom senso entender que a Confiança entre indivíduos é fulcral para que as equipas sejam consistentes, focadas e, com isso, possam ter previsibilidade e orientação para cumprir os objetivos pretendidos.
Nas últimas décadas, os vários estudos académicos vieram comprovar o bom senso: a Confiança tem um valor económico e social inquestionável nas organizações e independentemente das diferentes perspetivas de relacionamento interpessoal: seja entre líder e liderados, seja entre colegas de trabalho, clientes ou fornecedores, cidadãos ou parceiros comerciais.
O fenómeno da Confiança é tão amplo que tem perspetivas macro – a Confiança dos cidadãos nas instituições públicas e comparativos de índices de confiança entre países, entre consumidores, entre gestores – e nas perspetivas mais micro – que remetem a Confiança para uma commodity que é fator essencial para gerar performance nas empresas.
Mas, aceitando a amplitude e complexidade do conceito Confiança, que se interlaça com tantos outros conceitos como sejam o de segurança, previsibilidade ou consistência, que caraterísticas possuem as organizações que se preocupam em gerar e multiplicar Confiança entre as suas equipas?
Numa Trust Organization sinalizo 6 dimensões devem estar presentes e serem aprofundadas para a Confiança ser crescente:
- A segurança psicológica dos colaboradores – a confiança e a segurança “caminham lado a lado”. A necessidade de os colaboradores sentirem-se seguros dentro da organização a que pertencem, poderem expor as suas dificuldades, vulnerabilidades e opiniões, sem serem julgados ou discriminados pelas suas lideranças é fundamental. A confiabilidade entre colegas e ações quotidianas objetivas, transparentes e não discriminatórias são sempre potenciadoras de uma maior segurança psicológica e, com isso, geradoras de maior confiança;
- O sentido de propósito – os colaboradores sentir-se-ão mais confiantes quando mais reconhecimento existir – por um lado, o reconhecimento dos colaboradores quanto ao seu papel e significado na organização, o alinhamento com os objetivos e a estratégia; por outro lado, o reconhecimento que a organização dá ao desempenho dos seus colaboradores, que se ligará sempre ao premiar o sucesso e às oportunidades de crescimento e valorização profissional;
- A liderança autêntica – enfatiza-se cada vez mais que os líderes têm de ser protagonistas de um estilo de liderança autêntico, positivo, assente em valores éticos e na abertura. Exige-se cada vez mais ao líder padrões de comportamento previsíveis e, que, o próprio líderes seja um elemento gerador de Confiança;
- O cumprimento de prazos e a produtividade – organizações em que a suas práticas assentam em regras claras, cumprimento de prazos, processos que são entendidos e cumpridos por todos são organizações que potenciam mais Confiança nas interdependências entre colegas e departamentos, e entre líderes e liderados. Nesta dimensão, é relevante destacar que as organizações que se preocupam diariamente com o cumprimento de procedimentos e com a melhoria continua são geradoras de maior Confiança e, com isso, ganham uma maior produtividade;
- Confiança mútua assente em comportamentos inclusivos e na diversidade – uma trust organization preocupa-se com a integração de novos colaboradores e promove medidas que têm em conta a inclusão, a igualdade de género, as diferenças geracionais e culturais. A previsibilidade de comportamentos e atitudes é um elemento fundamental gerador de Confiança independentemente do colaborador;
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