Por | Catarina Cabanelas e Patrícia Santos, Consultoras, Abilways Portugal
A estes diferentes estilos de representação mental e respetiva organização, os autores responsáveis pelo desenvolvimento da Programação Neurolinguística (PNL) designaram de estilo Visual (V), Auditivo (A) e Cinestésico (C).
Embora, geralmente, os indivíduos utilizem os cinco sentidos na apreensão da realidade e respetiva estruturação, por hábito ou aprendizagem, tendem a privilegiar um sentido em detrimento de outros, assumindo este um papel predominante na forma como cada individuo comunica com os outros, verbal e não-verbalmente e como desenvolve o seu processo de aprendizagem.
A modalidade visual manifesta-se na tendência para pensar com base em imagens internas e na visualização e, como tal, no pensamento de várias coisas em simultâneo. As pessoas com esta modalidade predominante tendem a realizar desenhos enquanto fazem outras tarefas, por exemplo rabiscos enquanto falam ao telefone, preferem visualizar um mapa, quando procuram indicações para um determinado local ou preferem olhar para o esquema com as instruções desenhadas, quando pretendem perceber as instruções de um determinado equipamento. As pessoas com predominância do sistema de representação visual utilizam frequentemente expressões como: Estou a ver essa perspetiva, já tirei a fotografia, está muito claro, é perfeitamente nítido, veja bem, etc. Alguns dos verbos de ação mais utilizados são: revelar, desenhar, imaginar, ver, brilhar, colorir, observar, mostrar, etc.
A modalidade sensorial auditiva caracteriza-se pela tendência do pensamento ocorrer de forma linear, sequencial, num processo demorado e completo. As pessoas com preferência por este estilo auditivo expressam-se verbalmente com facilidade e falam consigo próprias, numa velocidade mediana e ritmada. Algumas das expressões verbais mais utilizadas pelas pessoas com esta modalidade predominante são: soa bem? Oiça, estou a ouvir, escute, algo me diz que, sou todo ouvidos, aquilo é música para os meus ouvidos, estamos em perfeita sintonia, etc.. Exemplos de verbos de ação a que recorrem estes indivíduos são ouvir, escutar, soar, sintonizar, dizer, repetir, etc.
Os indivíduos cuja modalidade dominante é a cinestesia tendem a expressar facilmente os seus sentimentos, confiando neles e nas suas intuições. Os seus pensamentos são estruturados com base nas emoções e sensações que sentiram durante as suas experiências. O seu pensamento é mais fluído quando se movem, andando com frequência, de um lado para o outro durante os momentos de reflexão. Habitualmente gesticulam enquanto falam e tocam nos outros, para garantir a proximidade ou chamar a sua atenção. Falam, normalmente, de forma mais pausada. Algumas das expressões mais ouvidas pelo estilo cinestésico são sinto-me bem, vamos lá, ande lá, pare, isto é duro, é fácil/difícil lidar com isso, eu entrarei em contacto, estou emocionado, não sei porquê mas sinto que não é bem assim, sinto que tenho que fazer isso, etc.
Verbalizam ações recorrendo frequentemente a palavras como sentir, tocar, agarrar, emocionar, abrir, fechar, atrair, repelir, mover, parar, andar.
Nos processos formativos é fundamental conhecer, compreender e explorar os sistemas de representação para otimizar os recursos possibilitados por cada uma das modalidades sensoriais. Conhecer as potencialidades e limitações de cada sistema de representação permitirá potenciar os recursos e as metodologias a utilizar no contexto formativo e minimizar o esforço de tempo e energia despendidos, incrementando os resultados do processo de atenção, memorização e respetiva aquisição de conhecimentos.
Se tem curiosidade em saber qual o sentido que o seu sistema de representação mental privilegia e a forma de aprendizagem que melhor se adapta a si, venha ter connosco ao stand da Abilways Portugal, temos uma surpresa para si.
Gostei muito da apresentação desta formação. Os esquemas, as imagens e as demonstrações ajudaram-me a compreender como este conteúdo é importante.
Esta formação fez-me imenso sentido. Foi muito dinâmica e prática. Senti que ao fazer os exercícios propostos precisamos melhorar a maneira de desempenhar algumas tarefas do dia-a-dia.
Tudo o que foi dito nesta formação foi como uma música para os meus ouvidos. O formador mostrou imenso ritmo na maneira de se expressar e disse as coisas de uma forma perfeitamente harmoniosa, soou-me tudo muito bem.