SER MULTITASKING É UM MITO, produzimos melhor quando executamos uma tarefa de cada vez. Será que ser multitasking está a matar a produtividade das empresas?

Um estudo da American Psychological Association, revela que mesmo os breves bloqueios mentais criados pela mudança entre tarefas podem custar até 40% em produtividade.

Qual a razão para estes números tão elevados? Segundo parece, porque os nossos cérebros não estão “programados” para executar tarefas em simultâneo, é o que defende Howard Brown no artigo publicado no Fast Company.

Agrada às pessoas a ideia de conseguir completar várias tarefas ao mesmo tempo, daí o conceito de ser “multitasking” ser tão apreciado. No entanto, o que parece ser verdade é que o nosso cérebro o que faz é alternar rapidamente o foco entre a execução de uma e outra tarefa. Como comprovam imagens de ressonância magnética, não conseguimos concentrar-nos em mais do que uma tarefa ao mesmo tempo e quando o fazemos esbarramos com as nossas próprias limitações.

Hoje, com os novos formatos de trabalho, somos desafiados a responder a várias “frentes” em simultâneo, veja-se o que se passa com muitos dos colaboradores em teletrabalho, por exemplo.

A questão que pode ser colocada é se a tecnologia utilizada pelos colaboradores está a facilitar a execução das tarefas ou se, ao invés, coloca-os num oceano de opções muitas vezes difíceis de gerir?

São muitas as vezes em que os colaboradores estão perante um manancial de informação, a primeira dificuldade surge precisamente em fazer uma “triagem” desses dados que surgem a uma velocidade crescente.

Identificar prioridades, gerir o tempo, selecionar informação, validar o que verdadeiramente importa. É precisamente aqui que, de acordo com a opinião de Howard Brown, a inteligência artificial poderá “dar uma ajuda” no sentido de contribuir para que os colaboradores façam as escolhas certas, com a informação adequada, no momento de iniciar uma tarefa. Isto significa colocar a tecnologia ao serviço dos colaboradores e das empresas.