A privação de sono está associada a um maior risco de mortalidade e perdas de produtividade no trabalho. Mas quanto é que custa à economia? E às empresas?
Um estudo norte-americano, recentemente publicado pelo The Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e que analisou cinco países da OCDE, revela que aqueles que dormem, em média, menos de seis horas por noite têm um risco de mortalidade 13% superior aos que dormem pelo menos sete horas. Além disso, mostra que a nível nacional, o PIB dos países perde, pelo menos, 3% em receitas devido à privação de sono e que um aumento do número de horas de sono poderia traduzir-se em milhares de milhões de euros para as economias.
Os Estados Unidos da América é, entre todos os países analisados, aquele cuja economia mais perde devido aos problemas de sono da população – cerca de 411 mil milhões de dólares por ano, 2,28% do PIB do país. Logo a seguir surge o Japão, com perdas anuais de 138 mil milhões de dólares (2,92% do PIB), a Alemanha, com perdas anuais de 60 mil milhões de dólares (1,56% do PIB) e o Reino Unido, com 50 mil milhões de dólares perdidos (1,86% do PIB). De acordo com o estudo, o Canadá, é entre os países analisados, aquele que menos perde devido aos problemas de privação de sono da sua população, com perdas de 21,4 mil milhões de dólares por ano, 1,35% do PIB.
O CDC argumenta, no entanto, que pequenas medidas de promoção do bem-estar nas organizações, assim como de consciencialização para a importância do sono, podem ter um impacto positivo tanto nas economias dos países como nos resultados financeiros das empresas devido ao aumento de produtividade.
Além das importantes perdas de produtividade e de receitas, para as empresas, a privação de sono traz consequências como obesidade, consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou de bebidas açucaradas, consumo de tabaco, sedentarismo e problemas de saúde mental, como o stress e o burnout.
Do lado das empresas, deve haver o reconhecimento da importância do sono e do seu impacto no trabalho das equipas através de medidas que promovam bons hábitos de descanso e bem-estar. Desencoraje a utilização de dispositivos eletrónicos fora do horário de trabalho e tente combater os riscos psicossociais, promovendo pequenos momentos de pausa, por exemplo com mindfulness, e convívio entre colaboradores ao longo do dia.
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