Diversidade, equidade e inclusão, ganham finalmente a visibilidade que merecem. O tempo do diversitywashing parece estar a chegar ao fim.
Não é um tema novo, falar de diversidade, equidade e inclusão dentro das empresas, no entanto, demasiadas vezes, tratava-se apenas de uma bandeira que ficava bem às empresas hastear.
Hoje as coisas parecem tomar um novo rumo e finalmente é reconhecido que estes são valores que devem fazer parte da cultura da organização.
No relatório sobre o tema, a Aon refere que, cada vez mais, este é um aspeto fundamental na visão que colaboradores, clientes e investidores, têm sobre as empresas e não basta parecer, ser é fundamental.
O caminho a fazer é ainda longo:
- Em resultado da pandemia, os dados recolhidos pela consultora, revelam que, as mulheres foram afetadas de forma desproporcional, muitas delas abandonaram responsabilidades profissionais, porque chamadas a assumir responsabilidades familiares
- O impacto do confinamento foi maior em grupos mais frágeis e vulneráveis, é sabido que pessoas com deficiência física ou de aprendizagem foram mais afetadas e ainda a propósito da pandemia, as taxas de mortalidade foram superiores em grupos étnicos minoritários
- Criar locais de trabalho inclusivos demora tempo, a chave está em definir metas e objetivos, cujo alcance deve ser supervisionado, contando para isso, nomeadamente, com o envolvimento dos líderes
- Estamos a falar de integrar na organização pessoas com deficiência física ou mental, diversidade de género, diversidade cultural, pessoas com diferentes níveis de percurso académico e experiência, diferentes orientações sexuais, diferentes gerações, o desafio é por isso grande
- A importância de construir uma pool de talentos aberta a, por exemplo, refugiados, origens multiculturais, diferentes competências, ou seja, apostar na neurodiversidade
- É importante garantir também equidade ao nível do acesso à saúde por parte dos colaboradores. Para isto, é fundamental que a empresa promova programas de saúde e bem-estar que estão alinhados com as necessidades específicas de cada pessoa
Tudo isto implica compromisso por parte das lideranças e o envolvimento de todos os colaboradores. O ecossistema da organização assente na diversidade, equidade e inclusão, é exigente com todas as partes envolvidas.
E afinal o que ganham as empresas com práticas efetivas de diversidade, equidade e inclusão?
Desde logo, ganham respeito por si próprias e orgulho na sua forma de estar.
- O cumprimento de metas ao nível da diversidade, equidade e inclusão, contribui significativamente para a prossecução dos objetivos de ESG (práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), hoje perseguidos pelas empresas
- Permite mitigar riscos de marca e reputação, que são identificados como sendo das principais preocupações dos executivos
- Adaptabilidade, as empresas desenvolvem na sua dinâmica diária a capacidade de pensar e responder de forma diferente, o que tem impacto também na forma como o negócio, os produtos e a relação com o mercado são desenvolvidos. A evolução e a inovação acontecem naturalmente
- Humanização, é disto que se trata, lideranças, colaboradores, fornecedores, clientes, acreditam que o caminho a seguir é este, há um propósito comum que só pode ter como resultado, melhores pessoas e melhores empresas.
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