Como o big data, o business intelligence e as redes neuronais chegam à gestão de pessoas. People analytic, o diretor de recursos humanos pode ser um cientista de dados?
A resposta é sim. As tecnologias ligadas à análise de dados e sistemas de informação como big data, business intelligence e até redes neuronais servem a gestão de pessoas e a people analytic é o meio de tirar partido dessas tecnologias para melhorar a gestão de recursos humanos. Estes sistemas proporcionam um grau de detalhe minucioso, cruzam dados provenientes de diferentes fontes que permite gerar informação e chegar a um nível de conhecimento que de outro modo seria impossível. Dessa forma, a organização não só consegue conhecer melhor os seus colaboradores como também prever cenários e tomar decisões com maior grau de segurança e suportada em números concretos.
A informação obtém-se em diferentes níveis:
Descritivo: através da utilização de ferramentas de business intelligence é possível ler e conhecer o que aconteceu no passado
Diagnóstico: apurar as causas dos acontecimentos passados
Preditivo: prever eventos futuros
Prescritiva: identificar o que pode ser feito para resolver um problema e reduzir os impactos negativos através do recurso a tecnologias como simulações, redes neurais e machine learning.
Talvez o benefício desta nova forma de gerir pessoas que é mais notório e imediato seja o recrutamento. Através de um conjunto de algoritmos é possível selecionar os candidatos que estão mais alinhados com o perfil que a organização procura e conseguir o match perfeito.
A Google utiliza-os no recrutamento e também para «reter os melhores», um dos principais objetivos da gigante tecnológica. Os benefícios da people analytic não ficam por aqui. Por exemplo, a Nielsan concluiu que por cada redução de 1% no turnover de colaboradores, evitava perder 5 milhões de dólares. A people analytic pode também contribuir ativamente para reduzir custos e melhorar a segurança e bem-estar no local de trabalho. Através do cruzamento de dados ligados à avaliação de desempenho, perfil comportamental e feedbacks recebidos é ainda possível direcionar os colaboradores para formações específicas e tornar o desenvolvimento de carreiras mais assertivo.
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