Leu bem. O desenvolvimento de talento nas organizações já não é uma opção, é um imperativo. Os colaboradores valorizam o desenvolvimento mais do que nunca e os responsáveis de desenvolvimento de talento ganharam, finalmente, ‘um lugar à mesa’.
De acordo com o World Economic Forum, “ao ritmo que a mudança de competências acelera tanto em novas profissões como antigas, e em todas as indústrias, uma gestão de talento proativa e inovadora é um assunto urgente. O que isto requer é uma função [de desenvolvimento de talento] que se está a tornar mais estratégica e que ‘tem lugar à mesa’. Uma função que emprega novas ferramentas para identificar tendências de talento e providenciar informação que ajude as organizações a alinhar as estratégias de negócio, inovação e gestão de talento para maximizar as oportunidades e capitalizar nestas tendências transformadoras”.
O ‘2018 Workplace Learning Report’, recentemente publicado pelo LinkedIn mostra que existe um alinhamento entre colaboradores, responsáveis de desenvolvimento de talento e executivos: todos defendem que o desenvolvimento de talento deve ser uma prioridade nas organizações.
O estudo identifica ainda cinco tendências que estão a reconfigurar o desenvolvimento de talento e a sua importância:
- Reduzir o impacto da automação
Todos os inquiridos concordam que a prioridade número 1 do desenvolvimento de talento são as soft skills. Responsáveis de desenvolvimento de talento, gestores de recursos humanos e executivos acreditam que as soft skills mais importantes num plano de formação e desenvolvimento são a Liderança, a Comunicação e a Colaboração.
- Equilibrar os desafios de hoje com as oportunidades de amanhã
As competências têm hoje uma esperança média de vida mais curta. A maioria dos líderes inquiridos estão preocupados com a possibilidade de os responsáveis de formação estarem focados nas necessidades de hoje, ignorando as necessidades de desenvolvimento de competências para o futuro.
- O digital transformou o desenvolvimento de talento
Os responsáveis pelo desenvolvimento de talento utilizam, mais do que nunca, ferramentas online e digitais para responder a uma força de trabalho cada vez mais diversa.
- Conseguir que os colaboradores tenham tempo para aprender
Os inquiridos defendem que fazer com que os colaboradores arranjem tempo para formação é o maior desafio. A grande maioria dos colaboradores diz que não tem tempo para formação, mas, ironicamente, 94% confessa que ficariam mais tempo numa empresa que investe no desenvolvimento de talento. As organizações devem ser capazes de responder a estas necessidades. Para isso, a formação deve estar totalmente alinhada com a função do colaborador assim como com as suas aspirações profissionais e pessoais.
- Envolvimento dos gestores
O envolvimento dos gestores de equipas é essencial para aumentar o engagement dos colaboradores e o seu interesse pela formação.