
Um visto numa chek list bolorenta e arrumada meses a fio na gaveta do departamento de recursos humanos e que com mais ou menos periodicidade olhamos para ela, é tudo o que não deve ser a avaliação de desempenho. Deve sim traduzir:
- Propósito
- Desenvolvimento win win
- Caminho
Se por um lado não há modelos ideais, deve seguramente existir a consciência de incluir a avaliação de desempenho das pessoas e equipas na cultura da empresa. A verdade é que esta análise implica clarificar expectativas e conhecer o propósito, saber daquilo que falamos quando o tema é avaliação de desempenho e talvez seja esta a razão que leva a que muitas empresas deixem o assunto ‘à deriva’.
Tornar a avaliação de desempenho numa aliada do desenvolvimento das pessoas e consequentemente do negócio está à distância da vontade de olhar de frente para o tema e fazer acontecer. Como?
- Maturidade: Avaliar implica maturidade, o que não tem haver com idade e sim com a capacidade de ler e entender o outro, avaliar não é julgar, é alinhar e provocar desenvolvimento.
- Comunicação: É normalmente aqui que residem as maiores arestas, a linguagem deve ser comum e entendida por quem intervém no processo, não há lugar para subterfúgios, meias palavras ou zonas cinzentas.
- Humildade: De ambos os lados, ou seja, a permeabilidade de querer ouvir e refletir sem resistência. A humildade dá a leveza precisa para uma atitude de aprendiz.
- Verdade: Por mais dolorosa que seja de dizer ou de ouvir, tem de estar sempre presente, sem medos, nem tabus, para que surjam as perguntas e as respostas que fazem crescer.
- Flexibilidade: Abertura para fazer diferente, uma visão de curto e longo alcance que permite atingir resultados e acrescentar valor.
- Estar ao lado: Cada pessoa é única e dá aquilo que nenhuma outra dá, o lado inspirador de integrar uma empresa é que não é um caminho solitário, é feito em equipa.
- Decisão: Perante a análise responsável do desempenho, não recear tomar decisões e agir.
Assente nestes pilares cada organização deve construir o modelo de avaliação de desempenho que melhor traduz a respetiva cultura corporativa. Não tenhamos ilusões, de nada servem modelos inovadores, disruptivos, criativos ou ao invés tradicionais, old school, mais que testados, etc. etc., o modelo adotado tem de traduzir aquilo que a organização é, só assim é que a serve, não se trata de uma roupagem, trata-se da própria pele.
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