A maior barreira à formação e desenvolvimento de talento dentro das organizações é garantir que os colaboradores arranjam tempo para dedicar a este tipo de ações, de acordo com um estudo recentemente publicado. Um artigo recentemente publicado pela Forbes mostra, no entanto, que aqueles que veem a formação como “um assunto sério”, que pode garantir o seu sucesso no futuro e relevância enquanto colaboradores, tendem a encontrar tempo para aprender, redefinindo a sua relação com a formação e transformando-a numa atividade prazerosa.
Liz Guthridge consultora em áreas como a Neurociência, Design do Comportamento e Comunicação, explica num artigo publicado pela Forbes que muitos colaboradores ‘fogem’ à formação porque ainda a associam a ter que “estar sentados numa cadeia desconfortável com manuais pesados empilhados na secretária” ou a “curos online monótonos com ‘cabeças falantes’ em vídeos”.
Hoje, a formação corporativa vai muito além desse modelo tradicional. É flexível, integrada na rotina de cada colaborador e sem horários pré-definidos. A formação tornou-se num hobbie que podemos praticar diariamente de forma voluntária e ao nosso próprio ritmo.
A consultora sugere, assim, que adotemos cinco comportamentos para que a formação e o desenvolvimento se tornem parte integrante dos nossos dias:
- Faça da aprendizagem um hábito diário – Estabeleça objetivos para si próprio durante um determinado período e manifeste a intenção de aprender algo novo durante esse período. Para além disso, pergunte a si próprio com frequência: o que posso aprender com esta pessoa ou com esta experiência?; o que posso aprender sobre esta pessoa?; o que posso fazer com estas aprendizagens?.
- Aposte na qualidade, não na quantidade – Para um adulto, o objetivo não deve ser conseguir aprender muita coisa. A meta deve ser conseguir ter aprendizagens profundas, ou os chamados ‘momentos aha’, aprendizagens que têm a capacidade de fazer como nosso cérebro estabeleça novas conexões neuronais, o que faz com que passemos a pensar de forma diferente.
- Aposte em conteúdos diferenciados – Invista em diferentes tipos de conteúdos e de aprendizagens, seja conhecimentos técnicos ou soft skills. Desta forma estará a reforçar a sua curiosidade, flexibilidade e capacidade analítica.
- Tente descobrir o que funciona melhor para si – Cada um de nós possui um cérebro único, por isso, as fórmulas de aprendizagem devem ser personalizadas. Tente descobrir de que forma aprende melhor e aja de acordo com isso.
- Reflita – Reserve algum tempo para descobrir os benefícios da formação que está a fazer. Durante esse processo deverá descobrir que algumas metodologias precisam de ser ajustadas e que outras precisam de ser reforçadas.